O governador do Rio Grande do Sul, vai a se filiar ao PSD, nesta sexta-feira (9). Eduardo Leita já fala abertamente sobre o esvaziamento do partido ao qual dedicou 24 anos. Segundo ele, a legenda “está deixando de existir”.
A declaração foi dada em entrevista ao portal InfoMoney, onde Leite comentou a fusão entre PSDB e Podemos — uma manobra que deve culminar na criação de uma nova sigla, com outro nome, número e identidade programática. Para o governador, isso significa o fim do PSDB como ele foi conhecido pelas últimas décadas.
Com histórico de participação nas prévias presidenciais tucanas em 2021, Leite ainda mantém vivo o desejo de disputar o Planalto. Mas dentro do PSD, os caminhos estão longe de serem claros. O presidente da sigla, Gilberto Kassab, já deu sinais de que pode apoiar Tarcísio de Freitas (Republicanos), atual governador de São Paulo, ou até mesmo lançar Ratinho Júnior, do Paraná, como candidato próprio.
Diante do impasse, Leite tem adotado uma estratégia cautelosa: não sair oficialmente do jogo presidencial, mas também não insistir nele. Nos bastidores, articula sua viabilidade para o Senado, mantendo em aberto as opções que o novo partido poderá lhe oferecer.
A movimentação de Eduardo Leite simboliza não apenas uma reconfiguração pessoal, mas também o momento de transição — e talvez de dissolução — do PSDB como força política tradicional. Para muitos analistas, a fusão com o Podemos marca o fim de uma era.
