Sem qualquer diálogo prévio com a comunidade, com as entidades usuárias, e até mesmo com a administração municipal de Concórdia, pelo silêncio da base do governo na sessão do legislativo — que integra a base do próprio governo estadual — o Estado de Santa Catarina decidiu não renovar, até o momento, o contrato de comodato do ginásio localizado na Rua Fiorelo Sunti, no Bairro Imperial. A decisão unilateral causou preocupação entre moradores e lideranças locais, que agora cobram sensibilidade e responsabilidade da Secretaria de Administração.
Na sessão desta terça-feira (6), o vereador Evandro Pegoraro (PT) apresentou o Requerimento nº 52/2025, direcionado ao secretário de Estado da Administração, Vânio Boing, solicitando a manutenção do comodato entre o Estado e a Associação Comunitária Imperial. Segundo o vereador, Pegoraro o espaço é vital para o funcionamento de ações sociais, educacionais e culturais há décadas, tendo sido reconstruído pela própria comunidade após ser destruído por um vendaval nos anos 1990.
“A suspensão do contrato, sem qualquer aviso ou tentativa de diálogo, demonstra total falta de consideração com o trabalho comunitário desenvolvido no bairro. Nem a Prefeitura foi consultada, o que é ainda mais grave, considerando que faz parte da base aliada do governador”, criticou Pegoraro.
O centro comunitário é utilizado por diferentes faixas etárias e instituições, incluindo a Escola Estadual Walter Fontana, que atende 600 alunos, grupos de mães e idosos, além de atividades esportivas e eventos beneficentes. A não renovação do comodato pode inviabilizar todas essas iniciativas.
O vereador reforçou que o uso do ginásio é um exemplo de gestão compartilhada e compromisso social. “Trata-se de um patrimônio coletivo, mantido com esforço voluntário, que o Estado deveria preservar, não ameaçar. O mínimo que se espera é diálogo. A comunidade merece respeito”, completou.