Governo Jorginho Mello corta bolsas do Universidade Gratuita e quase 4 mil alunos podem abandonar os estudos só na UNC

Concórdia e todo o sistema UNC sentem o impacto de mais uma decisão do Governo do Estado que transforma promessa em frustração.

 

Anunciado com pompa e esperança durante a campanha eleitoral de 2022, o programa Universidade Gratuita foi vendido por Jorginho Mello como o passaporte para o ensino superior de milhares de jovens catarinenses. Hoje, porém, o que se vê é o oposto: famílias aflitas, sonhos interrompidos e um número crescente de estudantes forçados a abandonar a universidade por falta de apoio.

 

Somente no sistema UNC, que inclui unidades em cidades como Concórdia, Mafra, Curitibanos, Rio Negrinho e Porto União, quase 4 mil estudantes que se enquadram no perfil do programa e foram devidamente selecionados pelas instituições de ensino, não foram contemplados com as bolsas prometidas. A triagem inicial foi feita pela própria universidade, que seguiu os critérios estabelecidos pelo governo estadual. No entanto, quando as listas chegaram a Florianópolis, parte significativa desses alunos foi simplesmente ignorada pelo Executivo.

 

Entre os atingidos estão alunos recém-ingressantes e também estudantes veteranos, que já vinham sendo beneficiados e agora enfrentam a suspensão do repasse das bolsas, sem aviso prévio ou justificativa clara. Muitos já estão sendo obrigados a abandonar os cursos porque não têm condições financeiras de arcar com os custos da mensalidade.

 

O cenário atual é de angústia. Famílias que confiaram na palavra do governador e que contavam com o apoio prometido agora vivem um drama real. O que era para ser um projeto de inclusão virou sinônimo de exclusão.

 

Durante a campanha, Jorginho Mello dizia que “quem está pagando agora, a partir de junho do ano que vem, já não vai pagar mais”. Afirmava que o Universidade Gratuita iria permitir que todos os catarinenses pudessem cursar o ensino superior, independentemente da renda. Disse até que o sonho do filho de entrar na universidade não podia se transformar em pesadelo quando ele contasse à família que passou no vestibular, mas não teria como pagar.

 

Infelizmente, é exatamente isso o que está acontecendo agora. O governo vendeu um sonho e está entregando um pesadelo.

 

É hora de cobrar responsabilidade, transparência e coerência com as promessas feitas. O futuro de milhares de jovens catarinenses está em jogo. A batata quente caiu no colo da nova Secretária de Estado da Educação, Luciane Ceretta.