Filho de Eduardo Campos, jovem prefeito de Recife assume comando da sigla de olho em 2026
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) oficializou neste domingo (1º) o nome do prefeito de Recife, João Campos, como novo presidente nacional da sigla. O anúncio foi feito durante um evento em Brasília que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), além de lideranças partidárias e governistas. A escolha marca uma renovação simbólica no comando do partido que hoje abriga o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.
Aos 31 anos, João Campos se torna o mais jovem presidente da história do PSB. Engenheiro civil formado pela Universidade Federal de Pernambuco, ele é filho do ex-governador Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em 2014 durante a campanha presidencial, e bisneto do histórico líder socialista Miguel Arraes. Em 2020, João foi eleito prefeito de Recife, derrotando nas urnas a prima Marília Arraes em um duelo familiar que mobilizou o estado e ganhou repercussão nacional.
A posse de João Campos na presidência do partido ocorre em meio às movimentações para as eleições de 2026. Nos bastidores, lideranças do PSB defendem a manutenção da aliança com o presidente Lula, reforçando o campo da centro-esquerda e costurando composições nos estados com vistas ao próximo ciclo eleitoral.
Durante o evento, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), destacou a renovação representada por João Campos, afirmando que sua ascensão é um sinal de que a juventude está ocupando espaço na “boa política”. Motta foi recebido aos gritos de “sem anistia” por parte da plateia e, sem se alongar no tema, afirmou que o Congresso tem hoje “uma pauta muito mais produtiva em favor do Brasil” e que o país “não tem tempo a perder”.
João Campos sucede Carlos Siqueira, que comandou o PSB por quase uma década e foi figura-chave na construção da federação partidária e das alianças com o PT. O novo presidente assume a missão de fortalecer o partido em um cenário político marcado por realinhamentos, fusões partidárias e a busca por protagonismo no campo progressista.
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